quarta-feira, 20 de abril de 2011

Martírio

Muitas vezes tive que sair de mim.

Como se estivesse fazendo uma viagem, sem fim.

Muitas foram as vezes que fechei meus olhos, e não desejei abrir.

Tantos foram os conflitos, que vivi.
Quantas e quantas vezes desejei não desejar.

Te querer por querer, te prender te amar.
Quantas foram as vezes que meu coração desenganado se fez em pedaços.

Porém não desisti.

Ninguém pode saber o que se passa dentro de mim.

Muitas vezes nem sabemos o que se passa dentro de nós mesmo.

Ninguém vive uma eterna solidão.

Não se pode passar pelo frio do inverno, sem sentir o calor do verão.

As vezes tenho plena consciência de nunca serás meu.

Porém não aceito ver o profundo dos seus olhos e ter a certeza de que nunca me ver.

O passado o tempo todo bate de frente com o presente e me faz temer o futuro.

Gostaria de gritar.

Pois tenho um grito preso de mim.

Que desesperadamente deseja sair.

Observo meu redor e tenho a convicção que não existe alguém que possa me ouvir.

É confuso e ao mesmo tempo me surpreende.

Porque a vida é uma mistura de sensações inexplícáveis.

Ainda espero quieta no meu canto, como uma mãe que pacientemente aguarda o nascimento do seu filho.

Olho-me no espelho e vejo que não me pareço com ninguém, nem mesmo comigo.

Somos como pedaços de vidros, que por diversas vezes somos colados.

Mas de uma hora para outra, fica despedaçado.

Temos nossos medos.

Teimamos algumas vezes em desistir.

Se desistimos parece que nada valeu a pena.

Lutar é necessário.

Viver pode ser sua maior forma de aprendizado.

Ou pode ser seu maior martírio.

Isso também você é quem decidi. 

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